domingo, 16 de setembro de 2012

Costumes atuais


No mundo atual, estamos nos acostumando a muitas coisas como se fossem normais.

Estamos nos acostumando a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que as janelas ao redor. E, por não ter uma bela vista, logo nos acostumamos a não olhar para fora.

Porque não olhamos para fora, logo nos acostumamos a não abrir de todo as cortinas, o que nos leva a acender mais cedo a luz. Com isso, vamos esquecendo o sol, o ar, a amplidão.

Estamos acostumados a acordar pela manhã em sobressalto porque está na hora. Tomamos o café correndo porque estamos atrasados e lemos o jornal enquanto comemos para não perder tempo.

Estamos acostumados a comer sanduíche porque não dá tempo de almoçar. A sair do trabalho porque já é noite e a cochilar no sofá porque estamos muito cansados.

Deitamos cedo, dormimos pesado, sem ter vivido inteiramente o dia.

Estamos nos acostumando a abrir o jornal e a ler sobre a guerra e os mortos que ela produz. Estamos nos acostumando com o grande número de mortos. E, por causa disso tudo, não acreditamos mais nas negociações de paz.

Estamos nos acostumando a esperar o dia inteiro por uma ligação importante e quando o telefone toca, ouvimos: Hoje não posso ir.

Estamos acostumados a sorrir sem receber um sorriso de volta. A sermos ignorados quando gostaríamos de ser notados.

Estamos acostumados a pagar por tudo o que desejamos e necessitamos.

Estamos acostumados com as salas fechadas, com o ar condicionado, com a luz artificial e até com a contaminação do mar e a lenta morte dos rios.

Vivemos tão fechados que nos acostumamos a não ouvir passarinhos, a não ter galo cantando na madrugada, a não colher fruta no pé.

Estamos nos acostumando a coisas demais e nos tornando indiferentes.

Somos tantos no planeta que estamos nos acostumando a ouvir falar de desaparecimentos e mortes como simples números estatísticos. Estamos nos esquecendo de ser humanos, de sentir, viver e amar.

Estamos nos esquecendo que somos filhos de Deus, Espíritos imortais, criados para o amor.

Por isso, vamos recomeçar a reparar nas coisas pequenas e a dar importância a elas.

* * *

Cada flor é única. Cada rosto é especial. Cada manhã de sua vida é diferente.

Preste atenção nas coisas que parecem insignificantes. Perceba as flores.

Se não há jardim onde você mora, observe os canteiros floridos das ruas e praças por onde passa.

Observe o pôr do sol. Nunca houve, nem haverá dois crepúsculos exatamente iguais, desde o começo dos tempos.

Observe a dinâmica da vida que está em todo lugar e não se deixe levar pela acomodação perigosa. Cultive a alegria de viver. Comece hoje, comece agora.



Redação do Momento Espírita com base no texto Eu sei que a gente se
acostuma, mas não devia, de Marina Colassanti e no cap. Tornando-se você,
do livro Vivendo, amando e aprendendo, de Leo Buscaglia, ed. Nova era.
Em 17.07.2012.

6 comentários:

  1. Estamos tão mal acostumados com tanta coisa errada que acabamos mal humorados sem perceber o motivo. Eu sento numa mesa de cara para a parede, de costas para tudo e todos, trabalhar assim não é agradavel. Ainda bem que sempre sou muito alegre, do contrario, os meus dias seriam sombrios.

    Bjs

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    1. Pois eh amiga, hoje em dia as vezes acabamos nos petdenndo!!!!
      Ainda bem que você é alegre!!!!

      Beijos mil

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  2. Olá, precisamos nos alertar para ganhar olhares de amplidão
    de dentro para fora e de fora para dentro também em mesmos!
    Belo post!! Beijos!

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  3. Oi amigo, estamos nos acostumando a fazer coisas que antes achávamos um absurdo!
    Precisamos aproveitar o dia!!!
    Tenha um ótimo domingo e uma linda semana, abraços.

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