quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Plantas que Curam: CATUABA - Anemopaegma arvense


Descrição :
1 - Anemopaegma glaucum, Da famfla das Bignoniáceas. Conhecidíssima, a Catuaba apresenta 3 ou 4 espécies. Seu nome significa "folha" ou "árvore boa". A primeira espécie: Anemopaigma glaucum, M. É um arbusto ereto, ramoso, glabro, com folhas longo-pecioladas, ternadas, sendo as inferiores às vezes conjugadas, com folíolos oblongo-lanceolados ou espatulados, obtusos ou mucronados no ápice, estreitos na base, até 12cm de comprimento, densamente glandulosos, rígidos, coriáceos, 3-nervados, concolores, raramente pubescentes e glabros; suas flores são campanuladas, de 6cm ou mais, dispostas em racimos. Seu fruto é uma cápsula elíptica, obtusa, plana, amarela, medindo até lOcm de comprimento e 6cm de largura. É medicinal, sendo eficaz no combate à sífilis. Vegeta em Minas Gerais e na Bahia. Suas sementes são elípticas e medem 5cm de comprimento e 4cm de largura. A espécie Phu-lanthus no bílis, Muell. Arg., da família das Euforbiáceas, é um arbusto ou árvore de 4 até 20m de altura, com folhas curto-pecioladas, lanceolados, oblongas ou oblongo-elípticas, agudas ou acuminadas, até 14cm de comprimento, estipulas inteiras ; glabras. Suas flores de 4 estames e seu fruto, cápsula de 8mm de diâmetro. Subdivide-se em várias outras espécies como a brasiliensis (Cicca brasiliensis, Baill), guyanensis e Riedelianus, que têm propriedades tónicas, são estimulantes e até afrodisíacas. Existem muitas outras espécies de Catuaba, mas ao que parece não contêm propriedades tónicas, são estimulantes e até afrodisíacas. Existem muitas outras espécies de Catuaba, mas ao que parece não contêm propriedades terapêuticas, especialmente as que vegetam nas Antilhas, na América Central e no México. Conhecida também por pau-de-resposta. Outra espécie. a catuaba-do-mato, Ilex conocarpa reiss, da família das Aqiii-foliáceas, é um arbusto ou árvore, com ramos ligeiramente sul-cado-pubescentes, com folhas pecioladas, até 8cm de comprimento, serradas, com pontos escuros na parte superior. Esta espécie é muito útil quanto ao aspecto terapêutico, pois é melí-fera, e suas folhas são tónicas, diuréticas e estomáquicas, substituindo até mesmo a erva-mate. Contém umidade, celulose, substâncias albuminóides, gomosas, sais inorgânicos, matéria extrativa, sacarina, ácido resinoso, ácido mate-tânico, cafeína pura, resina mole e-princípio amargo. Fornece também material para o fabrico de tinta preta. Vegeta nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
2 - Anemopaegma mirandum, da família das Bignoniáceas. Por se tratar de planta essencialmente medicinal, de largo emprego na terapêutica, vamos estudá-la. É um arbusto de rizoma lenhoso, branco e duro, medindo até 15mm de diâmetro; seu caule quadrangular ou sub-cilíndrico, pubescente ou aveludado, medindo até 40m de altura. Suas folhas são compostas, 3-folíolas, sésseis, folíolos (6-8) estreito-lineares ou linear-oblongos, agudos ou obtusos, estreitos na base e com as margens revolutas, ásperos e glabros; suas flores axilares, solitárias, grandes, pedunculadas, de corola infun-dibiliforme, amarelas com fauce branca ou sulfúrea; seu fruto é uma cápsula ocrácea, acuminada na base, valvas lenhosas e espessas, até 8cm de comprimento; suas sementes elípticas com ala hialina. É planta ornamental de grande efeito. Suas virtudes medicinais são comprovadas e é usada como estimulante, ótimo peitoral, anti-sifilítica e também afrodisíaca. Seu grande habitai é São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Há também outras variedades como a angustifolia, glabra, cujos ramos são glabros e folíolos linear-oblongos; a nanceaefolis, latifolia, cujos ramos são pubescentes, aveludados e folíolos linear-oblongos; a petiolata, de folhas longo-pecioladas e folíolos estreito-lanceo-lados, obtusos; a pubertula, de ramos pubescentes e folhas oblongas, obtusíssimas; sessilijolia (A. acutilolium, DC., A. sessili-jolium, M.); e a verticillata, de folhas sésseis e folíolos estreitíssimos, reticulados, glabros.

Princípios Ativos: alcalóide (semelhante à atropina e à ioimbina), substâncias amargas (catuabina), matérias aromáticas, taninos, resinas, lipídeos.

Propriedades medicinais: ansiolitico, afrodisíaco, anti-sifílico, digestiva, diurético muito ativo, estimulante geral, estimulante e tonificante do sistema nervoso, expectorante, peitoral, tônico, vasodilatador.

Indicações: afecção do sistema nervoso, bronquite crônica, concentração, convalescença de doença grave, doenças nervosas e emocionais, esgotamento, falta de memória, fraqueza, frigidez, hipocondria, impotência sexual, insônia nervosa, insuficiência mental, nervosismo, neurastenia, paralisia parcial, raciocínio.

Parte utilizada: folhas, raiz, casca.

Contra-indicações/cuidados: portadores de glaucoma têm que conferir a pressão ocular e evitar o uso contínuo de catuaba pois ela pode aumentar o glaucoma;
Paciente com pré-excitação ventricular, como no caso da síndrome de Wolf-Parkinson-Wite, podem desenvolver taquicardia;
Pessoas sensíveis podem ter cefaléia por causa do ioimbina;
Contra indicado para grávidas, recém-nascidos e crianças pequenas.


Modo de usar:

- 20 g no vinho branco (pode misturar marapuana). Deixar 7 dias e tomar um cálice nas refeições: estimulante geral, afrodisíaco;
- infusão no álcool, para uso externo: paralisias parciais.
- pó das folhas: 0,5 g três vezes ao dia: afrodisíaco e tonificante do sistema nervoso, doenças nervosas e emocionais, período de convalescença de doenças graves, dificuldade de raciocínio e concentração, impotência sexual;
- extrato fluído das folhas: duas colheres das de sobremesa ao dia três vezes ao dia.
- infusão das folhas. Tomar 2 colheres de sobremesas ao dia: afrodisíaco, tonificante do sistema nervoso, doenças nervosas e emocionais, período de convalescença de doenças graves, dificuldade de raciocínio, concentração, impotência sexual;
- decocção da casca: afecções do sistema nervoso, falta de memória, nervosismo, anti-sifílico, convalescença, digestão, esgotamento, estimulante, expectorante, frigidez, fraqueza, hipocondria, insônia (de origem nervosa), impotência sexual, insuficiência mental, neurastenia, neurastenia, peitoral, tônico e estimulante do sistema nervoso.
Farmacologia: A catuaba modifica as funções neuro-vegetativas, a n ivel dos centres nervosos e dos impulses nervosos dos nervos motores.
Os alcaloides atropinicos causam midriase por paralisa-cao das fibras musculares da pupila; Verificou-se que a Catuaba tern atividade parassimpaticometica e adrenergica. A iombina reduz a adesividade plaquetária, tem ação vasodilatadora e protetora do endotelio capilar; Dila-ta a arteria peniana e aumenta o tempo de ereção.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diarias, diluidos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de rizomas em decocção até 3 vezes ao dia.
Superdosagem: Não há relatos, caso ocorra devera ser feito o esvaziamento gástrico, lavagem com soro fisiolágico e colocacao de sonda nasogastrica. Em caso de sintomas atropinicos intensos deve-se usar um colinergico ou um B-bloqueador, com monitoramento e assistencia ventilatoria eventual.

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