domingo, 18 de dezembro de 2011

Plantas que curam: AVEIA - Avena sativa


Descrição : Planta da família das família Poaceae, também conhecida como aveia cultivada. Herbácea cujo caule atinde de 50 cm à 1,50 metros de altura. Folhas longas formadas por uma bainha que envolve o caule. As inflorescências aparecem na ponta do caule e se ramificam irregularmente, apresentando espigas pendentes. Os frutos são oblongos, afilados nas extremidades, ricos em amido de grõas compostos e simples. Sua semeadura, geralmente, deve ocorrer no outono e no fim do inverno. Deve ser ceifada quando a planta estiver seca e seprados os graos da palha, por meio da debulha. Para obter o leite natural da aveia, o fruto deve ser colhido antes de a planta secar.

Parte utilizada: parte aérea, sementes.

Modo de Conservar : Os frutos pod em ser utilizados ainda verdes ou secos ao ar livre e grardados em sacos de papel ou pano.

Origem : Supoe-se que seja nativa das regiões orientais da Europa e ocidentais da Ásia, é conhcida no mundo todo.

Princípios Ativos: ácidos avênicos A e B, ácido pantotênico, ácido salicílico, albuminas, amido, apigenina, avenacosídeos A e B, carboidratos, carotenos, enzimas, fibras, glicídios, gluconinas, isoorientina, lipídios, maltose, niacina, óleos fixos (fonte de vitamina E), proteínas, sais minerais (sódio, fósforo, cálcio, ferro), vitamina B1 e B2, vitexina.

Propriedades medicinais: ansiolítica, antidepressiva, anti-hemorroidais, anti-reumática, antidiabética, aperiente, calmante, cicatrizante, digestiva, diurética, emoliente, expectorante, hepatoprotetora, hipotensora, laxante, nutritiva, refrescante, remineralizante, tônico reconstituinte nervoso, vitaminizante.

Indicações: acalmar dores reumáticas, aumentar a lactação, ciática, cólica, dar brilho ao cabelos; convalescentes de doenças graves, de operações e de diarréias violentas; desinflamar as mucosas e deter diarréia; dores de garganta e do tórax, diabete, eczema, esclerose, estimular o apetite, estimular a energia física e psíquica e a capacidade de concentração; evitar o cansaço e reduzir a necessidade de sono; facilitar a digestão e regular os intestinos; fadiga nervosa, frieiras, gota, gripe, hipertensão, impigens; insônia, nervosismo, perturbações hepáticas, prevenir a cárie dentária, queda de cabelo, reduzir a atividade tiroidiana, reduzir colesterol, rouquidão, tosse.

Modo de usar:
- "in natura" misturada ao leite, com sucos de frutas ou pura, no preparo de broas e bolos, sopas, mingaus e flocos de cereais industrializados; Os grãos são usados para preparar diversos uísques e, em alguns países, na fabricação de cerveja;
- na fabricação de cremes e máscaras emolientes, tônicos para a pele e xampus;
- germe de aveia: reduz níveis de colesterol do sangue;
- decocção da palha de aveia adcionado à água de banho: acalmar dores reumatismais, ciática, perturbações hepáticas, eczema, frieiras, impigens;
- decocção de três punhados de aveia em um litro e meio de água, ferver até que se reduza a um litro. Beber durante o dia: diurético, hidropisia;
- decocção de 50g de aveia (depois de lavada em água corrente) em um litro de água, Ferver até o líquido reduzir à metade, filtrá-lo e adoçá-lo com mel. Beber em xícaras durante o dia: diarréia; Na água de banho (sem adoçar), pode se usar um litro do decócto: emoliente, refrescante;
- decocção de 30 g da palha em 1 litro de água: aumentar a diurese;
- infusão das folhas: tosse, gripes, rouquidão, cólicas, queda e brilho dos cabelos, fadiga nervosa, depressão, ansiedade, insônia e convalescência; auxiliar no tratamento da diabetes e preventivo de arteriosclerose e hipertensão; reumatismo, dores ciáticas, perturbações hepáticas, reduzir níveis de colesterol; facilitar a digestão, regular o intestino, auxiliar em casos de prisão de ventre e hemorróidas, estimular o apetite, atenuar dores no tórax e na garganta; previnir a cárie dentária;
- infusão de um punhado de palha de aveia triturada em um litro de água. ferver, por 20 minutos. Beber durante o dia: ácido úrico;
- infusão de duas a três colheres de café de flocos de aveia por chávena de água; tomar três vezes por dia: estimular o apetite e atenuar as dores de garganta e do tórax; fadiga nervosa, nervosismo, insônia, reduzir a atividade tiroidiana, coadjuvante na diabete, esclerose, hipertensão;
- compressas: ferver dois punhado de farinha de aveia em pouco vinagre. Colocar a papa sobre uma gaze, aplicando-a sobre o local afetado: lumbago, tosse cararral;

Uso externo:
Adiciona-se à farinha de aveia, pequena quantidade de água (suficiente apenas para formar uma pasta). Aplicar sobre a pele e também em pequenas mordeduras de insetos, tratamento da pele, emoliente;
- ferver 1 colher de sopa de aveia em água até ter consistência de mingau. Tomar 2 a 3 xícaras de chá ao dia; cataplasma no peito para catarros bronquiais.

Efeitos colaterais: O farelo de aveia aumenta o volume fecal; O aumento da frequência da evacuação pode conduzir à irritação perineal; Pode produzir gases, provocando distensão abdominal e flatulência; O consumo adequado de fluidos é recomenda­do para garantir hidratação e dispersão das fibras no trato gastrointestinal. Dermatite de contato provocada pela farinha da aveia tam­bém foi relatada; Um estudo foi publicado associando anafilaxia recorrente, induzida por exercício e com risco de vida, com grãos contendo a proteína gliadina, incluindo a aveia; O papel da aveia na dieta de pacientes com doença celíaca é controversial; A aveia possui uma proporção menor de proteínas imunogénicas de armazenamento do que o trigo, a cevada e o centeio, e as proteínas derivadas da aveia são digeridas mais facilmente pelas proteases no intestino. Mais além, as prolinas encontradas na aveia, as aveninas, também são digeridas mais facilmente pelas proteases do intestino. Esta facilidade conduz à degrada­ção rápida de peptídios potencialmente prejudiciais à saú­de, que também podem ajudar a impedir a iniciação de uma resposta imunológica contra a aveia no intestino delgado. Um estudo em longo prazo de pacientes adultos com do­ença celíaca não mostrou nenhum efeito significativo na morfologia do vilos do duodeno, na infiltração de células inflamatórias na mucosa duodenal, ou nos títulos sorológicos após 5 anos. O consumo de aveia diário ideal era 50 a 70 g. Similarmente, um estudo sobre o uso da aveia em crianças com doença celíaca recentemente diagnosti-cada, mostrou que a ingestão de quantidades moderadas de aveia não preveniu a cicatrização da mucosa intestinal ou uma redução da imunidade humoral. Entre­tanto, uma atrofia dos vilos, induzida pela aveia, já foi rela­tada em pacientes com doença celíaca. Cinco pacientes mostraram níveis positivos do interferon gama-mRna após o uso da aveia. Um paciente desenvolveu uma atrofia par­cial do vilos e uma reação de irritação local (rash) durante o estudo. Subsequentemente, os sintomas desaparece­ram quando a paciente manteve uma dieta livre de aveia, mas desenvolveu uma atrofia subtotal do vilos e uma dermatite dramática durante unia tentativa do uso da aveia. Estudos sugerem que a aveia é segura para pacientes com dermatite herpetiforme. Estes estudos são confirma­dos pela evidência imunológica disponível.

Interação medicamentosa: Droga-alimento: Em 2 pacientes com hipercolestero-lememía, a ingestão concomitante de 50 a 100g de farelo de aveia e 80mg de lovastatina conduziu a um aumento do colesterol LDL comparado com o uso da lovastatina sozi­nha. Acredita-se que uma reação similar pode ocorrer com o uso concomitante de outros inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) e da aveia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário