terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Plantas que curam: ARTEMÍSIA - Artemísia vulgaris


Descrição : Planta da família das asteraceae, também conhecida como camomila-do-campo, artemija, artemísia-verdadeira, erva-de-são-joão e Matricária. Herbácia cuja altura varia entre 60 e 120 cm, de folhas verde-claras, penadas e de flores amarelados que brotam do caule, de cor avermelhada. Herbácea pubescente, anual, de até 1,20 m de altura. Folhas alternas, de cor verde na parte de cima e prateada em baixo, profundamente divididas. Flores em capítulos pequenos amarelados, todas tubulosas e glanulosas.

Habitat: Europa, Norte da África e Ásia Central. Todo o Brasil menos Amazónia.
História: Faz parte das farmacopéias chinesa e homeo­pática. É usada para a preparação de lã na técnica de Moxabustão.

Origem : Europa, norte da África e Ásia Central. Dá-se bem no Brasil todo, com exceção da Amazônia.

Modo de conservar : A planta toda deve ser seca à sombra, em lugar arejado e sem umidade, e após guardada em sacos de papel ou de pano.

Plantio : Multiplicação: por estacas ou ramos e estolões com gemas; Cultivo: planta de origem européia de adaptação cosmopolita. Planta-se no início do período chuvoso até o outono. Não exige solos, mas desenvolve-se melhor em solos adubados, arejados e com irrigação; Colheita: colhem-se as folhas no período da floração, as raízes o ano todo.

Propriedades medicinais : Emenagoga, aperitiva, colagoga, vermífuga, analgésica, anti-espasmódica e anti-convulsivante.

Indicações : É muito conhecida e usada nos problemas menstruais, em casos de dispepsia, astenia, epilepsia, Parasitas do couro cabeludo; Escaras; Verminoses: lombrigas e oxiúros; Boncodilatadora nas amas e expectorantes.

Principios Ativos : ácido antêmico, ácido fórmico, 0ácido isobutírico, ácido isovalérico, ácido málico, ácido succínico, ácido tânico, adenina, aldeído cumínico, aromadendrino, artemisina, artemose, borneol, cadineno, canfeno, cânfora, cimeno, cineol, colina, cumarina, estigmosterol, estragole, fechona, felandreno, fenol, fernerol, inositol, lamirina, limoneno, linalol, pineno, princípios amargos, quebrachitol, rutina, sabineno, sacarídeos, santonina, saponinas, sitosterol, taninos, tauremisina, terpineno, terpinoleno, terpineol, tujonabutiraldeído, tuiona.

Modo de Usar :

- pó: misturar em 20 m g de pó de raiz seca, um pouco de açúcar. Fazer de hora em hora, aumentando a dose até 100 mg: convulsões;
- pó: misturar 150 m g de pó de raiz seca em 30 g de açúcar. Tomar 4 vezes ao dia: epilepsia;
- infusão de 30 g de flores e folhas secas, em 1 litro de água fervente. Adoçar e beber em jejum 1 xícara pela manhã, nos 4 a 5 dias que antecede a menstruação: menstruação difícil. Beber 3 xícaras ao dia da infusão acima descrita, durante o período menstrual: menstruação dolorosa. Dose máxima diária: 200 ml.;
- infusão de 15 g de folhas e/ou flores em um litro de água. Utilizar 2 a 4 xícaras por dia;
- infusão de 1 colher das de sopa em 1 litro de água quente. Cobrir e deixar macerar por 10 minutos. Tomar 1 xícara de chá após as refeições: digestivo;
- infusão de 1 colher das de chá de folhas em 1 xícara das de chá de água quente. Cobrir e deixar macerar por 5 minutos. Tomar 2 a 3 xícaras das de café ao dia: cólicas menstruais;
- decocção de 2 colheres das de sopa de flores em ½ litro de água. Ferver por 1 minuto.Deixar macerar por 15 minutos. Tomar 2 xícaras das de chá ao dia, ao levantar e ao deitar: tônico circulatório;
- decocção de uma colher das de sopa de raízes em ½ litro de água. Ferver durante 15 minutos. Tomar ½ xícara, 4 vezes ao dia: calmante e antiespasmódico;
Uso externo:
- decocção sobre forma de compressas quentes, 1 a 3 vezes ao dia;
- suco fresco, sob forma de fricções locais, 1 a 3 vezes ao dia;
- extrato fluido: dose máxima diária: 5 ml;
- compressa: utilizar o decôcto ou o suco das folhas e/ou raízes, externamente, no reumatismo;
- repelente: os raminhos secos são colocados em armários e estantes como repelentes de traças.

Contra-indicações: Gestação, amamentação, durante a menstruação.

Toxicologia : suprime a lactação de lactantes.

Precauções: Não deve ser usada durante o período menstrual

Efeitos colaterais: Raros casos de dermatite de contato foram relatados

Posologia: 3g de folhas frescas ou 1,5g de planta seca (1 colher de chá para cada xícara de água) em infuso ou decocto leve em uso interno, 1 vez ao dia pela manhã para distúrbios menstruais durante 1 semana antes do pe­ríodo menstrual; 5ml de tintura diluída em água 2x ao dia antes das principais refeições; O mesmo chá po­derá ser usado como tónico estomacal 2x ao dia 30 min antes das principais refeições; O vinagre medicinal pre­parado com 10g de rizomas frescos (2 colheres de sopa para cada 200ml de vinagre branco) pode ser usado como enxágúe dos cabelos ou como compressa em escaras; O sumo das folhas pode ser usado em fricções sobre articu­lações afetadas por dores e reumatismos; Com a planta seca prepara-se o bastão e a lã de Moxa - usados em Acupuntura - para a fumigação sobre os pontos meridianos e áreas dolorosas.

Farmacologia: Os extratos aquosos e óleo essencial mostraram atividade antimicrobiana em testes laboratoriais.

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