sexta-feira, 11 de março de 2011

O perigo da troca frequente da alimentação dos pets





Que dono não gosta de, ao colocar o pote de comida, ver o seu bichinho comer tudo? Isso é uma satisfação! O problema está quando o animal começa a se recusar a ingerir o alimento, aí é que os proprietários acabam se desesperando. Mas será que é possível um cachorro ou gato enjoar do que come?


Sim, é possível, porém, nem sempre o pet se recusa a ingerir o alimento por ser “enjoado”. Em primeiro lugar, acredito ser importante esclarecer que, não é comum um animal enjoar da sua comida, em especial se esta tiver boa qualidade e boa palatabilidade. Há uma frase de nutrição que diz: “com alimento à vontade, nenhum animal morre de fome”, e isso é um fato.

Algumas pessoas cometem o erro comum de, ao oferecer um alimento para o animal e ele “recusar”, procederem a troca quase que imediatamente. Por que isto está errado? Primeiramente, você está habituando seu pet a, em caso de um alimento que não o agrade tanto, esperar por um melhor e você viverá buscando alternativas.

Segundo ponto, se essa falta de apetite tem algum motivo, entre os principais podemos citar: estresse térmico (muito calor), falta de água limpa e fresca, problemas com quedas de dentes, presença de outros animais, horários nos quais o organismo do animal não consegue digerir de forma correta aquele alimento, entre outros.

Para os donos que passam por este problema, deixo a pergunta: já observou o ambiente e a saúde de seu animal? Em casos de doenças que fazem com que o pet tenha uma diminuição de apetite, essa troca é muito prejudicial, uma vez que tentará fazer de tudo para que ele coma, no caso, você pode prejudicar o diagnóstico por achar que está tudo bem, uma vez que, ele aceitou bem um outro alimento mais palatável que o anterior.

Eliminando a hipótese das doenças, um animal saudável “enjoado”, muitas vezes, é reflexo da falta de disciplina do próprio dono. Alguns animais, pegando esse ponto fraco de seus donos, fazem isso de propósito, com o pensamento de, “se eu não comer, amanhã vem coisa melhor!”.


Tirando o fator "manha", que depende única e exclusivamente do proprietário evitar, o consumo dos animais é regulado, ou por repleção da capacidade gástrica ou pela quantidade de energia da dieta. Se você está oferecendo um alimento econômico, possivelmente o consumo irá ser regulado pela repleção da capacidade gástrica, uma vez que o animal precisará comer muito para se suprir, comerá basicamente até o estômago encher.

Por outro lado, se você dá um alimento super premium, o consumo será regulado pela ingestão de energia, e ai, o consumo será muito menor do que em um alimento mais barato e talvez muito aquém do "esperado" pelos proprietários. Desta forma, o animal ingerirá o suficiente para suas necessidades energéticas. Ou seja, mesmo que você coloque o pote cheio, ele não vai comer tudo, motivo de frustração de alguns e desespero de outros.

Quando o alimento faz mal, promovendo quadros de diarreia, flatulações, vômitos, sede excessiva, entre outros, este sim, não está adequado ao animal e ele não irá comer por saber que a ingestão do alimento lhe trará desconfortos.

Não se apavore se comprar o melhor alimento do mercado e eles comerem um pouquinho, ou menos do que o recomendado pelo fabricante no rótulo, isso é normal. Os consumos presentes nos rótulos dos alimentos são calculados com base nas médias e há uma grande variação. Claro, isso, desde que o animal esteja gozando de ótima saúde.

Vá eliminando as opções que podem estar afetando o consumo do alimento até chegar em uma que possa realmente ser a responsável, ai, é partir para a ação e resolvê-la. Apure a causa e aja a fim de encontrar a solução, evitando trocas frequentes de alimentos.
Atenção: as opiniões do artigo são de inteira responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do site PetMag.

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