terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nova bactéria acelera desintegração do Titanic


Analisando destroços do Titanic, pesquisadores descobrem nova bactéria que está acelerando seu processo de desintegração.

O navio mais famoso do mundo afundou em sua viagem inaugural, em 14 de Abril de 1912. Seus restos, no entanto, só foram achados em 1985, a 3,8 km de profundidade e a 530 km do Canadá.
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Desde então, objetos foram removidos do navio para integrar exposições, fotos foram feitas para tentar reconstituir a noite do naufrágio e amostras do casco foram recolhidas.

Já em 1995, a professora Henrietta Mann, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Dalhousie, do Canadá, estimou que os restos do Titanic durariam apenas 30 anos. Agora, ela, o colega Bhavleen Kaur e pesquisadores da Universidade de Sevilla, na Espanha, acreditam que o tempo de duração do Titanic pode ser ainda menor.

Ao analisar material coletado em 1991, eles descobriram a existência de uma nova espécie de bactéria no barco. Usando uma sonda e braços robóticos, amostras do navio foram coletadas, embaladas e, sem nenhum contato com o ar, enviadas para laboratório.

Analisando o DNA das bactérias da amostra, os pesquisadores encontraram 27 espécies e, entre elas, um membro inédito do gênero Halomonadaceae, batizado rapidamente de Halomonas titanicae.

A espécie é a responsável por formar grandes aglomerados de corrosão no qual as bactérias se alimentam do material do navio. Essas estruturas porosas permitem que a água passe por elas e, aos poucos, irão se desintegrar em um fino pó.

Não se sabe ao certo a origem da bactéria – se ela estava a bordo do navio ou presente no oceano - porém o processo que ela acelera é uma etapa natural de “reciclagem” do ferro na natureza.

Embora perigosa para qualquer construção no mar, como poços de petróleo e dutos, a Halomanas titanicae poderia ser explorada justamente para prevenir a ferrugem. Os cientistas envolvidos no projeto especulam que, ao estudá-la, seria possível desenvolver pinturas especiais que protejam essas construções marítimas.

A pesquisa foi publicada no International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology.

As estruturas porosas do Titanic vistas no microscópio

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